Publicado em Fev 12, 2006

O Islamismo e a Idade Média

Ainda a propósito das caricaturas de Maomé. É preciso que se perceba, de uma vez por todas, que não são civilizações completamente diferentes, mas que se trata, de facto, de um choque de civilizações. Como? É que não é um choque cultural, é um choque temporal! É tão simples quanto isso.

No primeiro milénio do nosso profeta, Jesus Cristo, também nós mandávamos para a fogueira os hereges. Tínhamos a nossa Sagrada Inquisição que condenava as blasfémias em nome do Senhor.

Eles estão agora a chegar ao primeiro milénio de Maomé. Estão ainda na Idade Média.

Não é possível pedir-lhes que avancem mil anos de um dia para o outro. Os resultados estão à vista: impor eleições democráticas na Idade Média, na Argélia, no Iraque, no Islão é um erro enorme. A Idade Média é época de Reis. E como o irão era um paraíso quanto tinha ainda o Rei…

Impôr saltos de mil anos na Idade Média, resulta que a Internet é usada para combinar atentados, a Liberdade de expressão para incitar à violência, o simulador de voo da Microsoft para treinar atentados, os aviões são usados como bombas gigantes e a largura de banda é usada para mandar abaixo firewalls e sites da Dinamarca. Tal como as paredes dos castelos de então e as catapultas. Mata-se o mensageiro quando a mensagem não agrada, tal como o coitado do tradutor do livro de Salman Rusdein.

É preciso dar mais exemplos? Como eu acho que isto vai acabar? Com o Grande Muro. O Livro que escreverei um dia.

E é claro que a finalidade final das agressões é, tal como na Idade Média, a conquista do nosso ouro. A religião é, tal como sempre foi nestes casos, apenas uma desculpa.

P.S: Ainda a propósito da Idade Média, lembrei-me de um exercício interessante: imagine-se que Lisboa regressa no tempo dois mil anos, mas o Centro Comercial Colombo se mantém exactamente igual ao que está hoje, incluindo todo o recheio. Imagine-se o que acontece a seguir, principalmente no uso dado a cada um dos objectos encontrados no seu interior. (Parta-se do principio que toda as máquinas, motores e aparelhos eléctricos continuam a funcionar)