Publicado em Nov 20, 2007

A Solução

Tenho sido muito confrontado com a seguinte questão: Mas então como se resolve o problema dos domínios que serão agora branqueados com o novo sistema?
Para um problema complexo, nada como um solução radical.

  1. Revogar todos os direitos previamente adquiridos em todos os domínios .pt
  2. Criar um período Sunrise em que todos os interessados possam requerer a posse de domínios. Durante esse período e para sites com tráfego ou subdomínios, continuar a fazer o reencaminhamento. Isto é, manter os DNS inalterados, apesar de mudarem os nomes de contacto e de proprietário.
  3. Distinguir casos em que nitidamente se está a querer tirar partido do valor intrínseco de um domínio, de casos em que se criou um projecto para o domínio. No primeiro caso estão incluídos domínios que nem resolvem (sem site), domínios parqueados e até mesmo domínios em MFA sites. É que os donos destes domínios investiram no valor intrínseco de um domínio, pelo qual tentarão mais tarde mais-valias, e não no valor do domínio como locar de endereçamento. Nesse caso, estão a tirar partido de uma regalia que legalmente não possuem, de acordo com os regulamentos que estavam em vigor quando registaram o domínio, pelo que o direito da sua posse deverá ser revogado.
    No caso de existir no domínio um projecto sustentável, aos seus donos será atribuído o direito de propriedade plena e total comercialização (incluindo projectos em .com.pt). O website e o domínio tornar-se-iam finalmente, num todo.
  4. Distinguir finalmente, situações claras em que, apesar de se tratar de nomes genéricos e mesmo que não exista nenhum website desenvolvido, se torna óbvio o direito ao domínio. Domínios como “publico” (jornal – marca), “financas” (estado), “farmácias” (associação nacional de farmácias). Tornar-se-ia deste modo a Internet em Portugal num processo de navegação intuitivamente natural, onde se chega, através de um determinado endereço ao sítio que a maior parte das pessoas esperaria encontrar nesse mesmo endereço, inclusive para as pessoas que o façam pela primeira vez. Isto é, quem escreve “financas.pt” espera encontrar o site das finanças e não “mulheres sexy no chat”!

Alguns podem ainda dizer que não estou a ser justo porque os que criaram sites nesses domínios “ilegais” também não tinham esse direito.

Talvez tenham razão, mas eu estou a atentar encontrar uma solução de meio termo e que obrigará os 3 ou 4 abusadores portugueses a, ou investirem algum dinheiro e desenvolverem sites em todos os domínios que compraram ou a deixar cair alguns e dar oportunidade a outros de o fazerem.

Também pretendo defender os direitos das pessoas que já usam os serviços prestados esses domínios tendo neles emails, dados, fóruns, todos, enfim todo o género de conteúdos.

No caso do online.pt, por exemplo, a FCCN não esteve com meias medidas e não acautelou a situação de milhares de webmasters que estavam a usar os subdomínio. De uma assentada, deve ter reduzido a Internet lusófona em 5 por cento em apenas dois segundos.
Acabou por criar mais uma situação para ser explorada por oportunistas. Pior a emenda que o soneto. Foi apenas uma mudança de oportunista.